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Em plena civilização urbano-industrial, pessoas decidem fundar uma vila totalmente isolada, distante das cidades, onde pudessem cultivar valores das comunidades de pioneiros do passado, um tipo de falanstério, comunidade utópica, sem dinheiro e valores de novo tipo, administrada por anciãos, buscando fugir dos problemas da sociabilidade estranhada do mundo burguês. Entretanto, para impedir que os jovens saiam do território da vila, eles cultivam o medo, inventando mitos a respeito de criaturas da floresta que devoram aqueles que buscam se dirigir às cidades. Drama fantástico de critica sutil à sociabilidade degradada do capital que leva pessoas a buscarem no passado perdido, formas novos modos de vida alternativos à da civilização burguesa. Para sustentar a comunidade são obrigados a cultivar o medo recorrendo a artifícios fantásticos. A vila é uma cidadela do século 18 cercado pelo século 21. Suas imagens evocam a colonização dos EUA. Na verdade, colocam o problema da sobrevivência do sonho americano na época da crise estrutural da hegemonia global dos EUA. O jovem diretor americano, um dos melhores da atualidade, nos conduz a uma fábula poética (e trágica), de profundo lastro político, da civilização norte-americana, imersa em medos e sonhos perdidos. Suas imagens são melancólicas e os detalhes do filme sugerem mais do que as simples convenções do suspense de Hollywood.

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