1. A Sociedade do Anel (2001)
Baseado no primeiro livro da consagrada trilogia de J.R.R. Tolkien, o filme conta a saga do hobbit Frodo Bolseiro, que tem a missão de destruir um anel mágico (Um Anel). Para ajudá-lo na tarefa, é formada uma sociedade, onde além dos hobbits irão Elfos, Anões e Homens, que tentarão evitar que o Mal se instale em toda a Terra-Média.
2. As Duas Torres (2002)
Após a dissolução da Sociedade do Anel, Frodo e Sam seguem em sua jornada rumo à Montanha da Perdição enquanto que Aragorn, Legolas e Gimli partem para resgatar os hobbits sequestrados. Um personagem que ajuda a aliviar o maniqueísmo intrínseco à alegoria de O Senhor dos Anéis, é Gollum. Trata-se de um ser de dupla personalidade, uma boa e uma má. Sua função é servir de guia ao hobbit Frodo Bolseiro. Em As Duas Torres, ocorre o combate entre humanos e aliados contra orcs, representação suprema do Mal. O mago Saruman comanda as tropas que visam o triunfo do Mal.
3. O Retorno do Rei (2003)
Sauron, o Senhor do Escuro, planeja um grande ataque a Minas Tirith, capital de Gondor, o que faz com que Gandalf e Pippin partam para o local na intenção de ajudar a resistência. Um exército é reunido por Theoden em Rohan, em mais uma tentativa de deter as forças de Sauron. Enquanto isso Frodo, Sam e Gollum seguem sua viagem rumo à Montanha da Perdição, para destruir o Um Anel.
A longa trilogia de J. R. R. Tolkien é uma complexa alegoria do Poder e seu fascínio supremo. O Um Anel, matriz do Poder, foi forjado por Sauron, o Senhor do Escuro, prefiguração alegórica da barbárie suprema (o que demonstra a atualidade histórica da alegoria de Tolkien). O mundo alegórico de Tolkien é composto por uma multiplicidade de seres fantásticos: hobbits, elfos, anões, orcs, trolls, etc. São representações alegóricas de um mundo social pré-capitalista, imerso em fantasias bucólicas, ligadas aos seres da Floresta. Mas ao utilizar a linguagem alegórica, Tolkien tende a ocultar a natureza sócio-histórica do Poder e sua dimensão estranhada. A própria barbárie social é reduzida a disposições naturais dos seres fantásticos. Na verdade, o Poder, como fenomeno sócio-histórico, está pressuposto nas categorias de divisão hierárquica do trabalho, propriedade privada e sua derivações estranhadas (Estado político, classe social, ideologia e trabalho como atividade exclusiva). Enfim, possui uma origem histórica e sua abolição pressupõe um ato histórico decisivo. O único personagem realista em Tolkien parece ser Gollum, personalidade esquizóide, dividido entre o fascínio e estranhamento pelo Poder. Gollum é clivado de contradições e expressa a cisão humana diante do controle sócio-metabólico do capital. Podemos dizer que o Um Anel é a alegoria suprema do Capital como sistema de metabolismo social. É curioso que, apesar da destruição do Um Anel e portanto, do Poder, as categorias de divisão hierárquica do trabalho e do próprio poder político continuam existindo na Terra-Média através da figura do Rei e de seu aparato militar. O que sugere que Tolkien (ou a adaptação feita por Peter Jackson) admite que possa existir um Poder do Mal e um Poder do Bem (o que é um viés ideológico).Marcadores: S
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